A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a segunda fase do ensaio clínico de um medicamento oral contra a dengue. Chamado de EYU688, o fármaco está sendo patrocinado no país pela empresa farmacêutica Novartis Biociências, localizada em São Paulo. A autorização foi publicada nesta segunda-feira (21) e divulgada na terça-feira (22). Além do Brasil, o ensaio clínico do medicamento também é realizado em Cingapura, na Índia, na Malásia e no Vietnã. Na segunda fase, o patrocinador tem a inteção de incluir 38 pacientes, que serão escolhidos em centros de pesquisa clínica localizados em Brasília-DF (7), em Sorocaba e São José do Rio Preto-SP (17), em Manaus-AM (7) e no Rio de Janeiro-RJ (7). O objetivo principal é avaliar a eficácia e a segurança do medicamento em pacientes infectados com a dengue. Até a terça-feira o país identificou mais de 6,5 milhões de casos prováveis da doença. Outras 5.661 foram mortas pela dengue.
Nesta segunda-feira (14), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que vacinas, que estão em desenvolvimento, contra a hanseníase possam ser testadas em humanos. A criação e aplicação das vacinas se fazem como ato inédito e notável para a história da saúde pública mundial. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), pertencente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), liderará o teste clínico. Se os resultados forem satisfatórios, isso poderá proporcionar à população brasileira uma vacina gratuita contra a doença. A LepVax, que é postulante a ser a primeira vacina contra a hanseníase, foi criada pelo Access to Advanced Health Institute (AAHI), um instituto estadunidense de pesquisa biotecnológica sem fins lucrativos. Utilizando tecnologia moderna de subunidade proteica, a vacina apresentou resultados promissores em ensaios pré-clínicos contra a bactéria Mycobacterium leprae, responsável pela hanseníase. Antes de ser testada em pessoas no Brasil, que já possui o total de 54 voluntários, a segurança da vacina já foi verificada em ensaios realizados em 24 indivíduos saudáveis nos Estados Unidos. Esses estudos confirmaram que a vacina é segura, sem que eventos adversos graves fossem detectados, e demonstraram sua imunogenicidade, o que é a habilidade de provocar uma resposta imunológica. Com a realização do teste no Brasil, os pesquisadores poderão observar os efeitos da LepVax em um contexto onde a hanseníase ainda é transmitida. O Brasil abriga 90% dos casos da doença no continente americano e ocupa a segunda posição mundial em número de registros da doença, perdendo somente para a Índia. Entre 2014 e 2023, foram registradas cerca 245 mil novas infecções, conforme os dados do Ministério da Saúde. Somente em 2023, foram notificados 22.773 novos casos.