Na sessão da última sexta-feira (21), os vereadores da oposição de Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia, levantaram sérios questionamentos sobre a licitação para a construção do novo Colégio de Iguatemi. O colégio, que sempre foi uma referência em educação na região e foi reformado e ampliado em 2016, agora é alvo de críticas devido ao descaso na atual gestão. Em 31 de janeiro de 2024, houve uma licitação para a construção de um novo colégio no valor de R$ 6.716.433,21, que foi cancelada. Um novo edital foi publicado para a licitação no dia 25 de junho de 2024, com um valor aumentado para R$ 9.905.481,35, um incremento de mais de R$ 3.200.000,00. Dianto do fato levantando dúvidas e questionamentos, especialmente com a proximidade das eleições. O vereador Josémar Miranda destacou o cancelamento da licitação anterior. “Sr. Presidente, olhando os editais de licitação, vi que foi feita uma licitação em 31 de janeiro de 2024 para a construção do Colégio de Iguatemi, no valor de R$ 6.716.000. Essa licitação foi cancelada, e agora está se propondo uma nova licitação no valor de R$ 9.905.000. Temos um aumento de mais de R$ 3.200.000, um aumento de 50%. A população de Livramento precisa de respostas.” O vereador Márcio Alan também expressou suas preocupações. “Como o colega Josémar Miranda disse, essa licitação teve um acréscimo de R$ 3.200.000. Por que a licitação foi cancelada no mês de dezembro? Boatos em Iguatemi indicam que as empresas MWM e Joamar já estão contratando pedreiros antes mesmo da licitação. Isso é estranho. Os preços dos materiais de construção não justificam esse aumento.” Vitalmir Moura fez um extenso relato sobre o assunto. “Sr. Presidente, quero relatar sobre a licitação do Colégio de Iguatemi. Foi licitada em 31 de janeiro no valor de R$ 6,7 milhões, mas foi cancelada. Agora, subiu para R$ 9.900.000. O prefeito deve esclarecer por que foi cancelada. Segundo comentários, a nova licitação já está sendo direcionada, com empresas contratando funcionários antes mesmo do processo licitatório. Já foi visto o senhor prefeito e seu filho, no escritório da empresa Joamar, e essa empresa já foi investigada pelo Ministério Público no passado. Estamos falando de um aumento de R$ 3.200.000 em três meses. Como isso é possível? Precisamos de respostas e transparência.” Ele ainda acrescentou que, segundo informações obtidas, um vereador da situação em Iguatemi (Cidão Aracatu), teria afirmado que a pré-candidata da situação, Joanina Sampaio, terá R$ 3 milhões para a campanha. “Isso seria uma grande coincidência com os R$ 3,2 milhões de aumento da obra,” afirmou Vitalmir Moura. Juscelio Pires ressaltou o sonho da comunidade de Iguatemi em ter um novo colégio. “Como representante do povo, tenho cobrado sobre a construção do Colégio de Iguatemi, um sonho de todos. Em janeiro, a licitação foi no valor de R$ 6.716.000, mas foi cancelada. Agora, a nova licitação é de R$ 9.905.481,05. Por que esse aumento? Os materiais estão ficando mais baratos, então isso é preocupante.” José Marques “Deca de Dionisio” questionou a mudança de valores e a gestão atual. “Essa licitação de Iguatemi foi feita no valor de R$ 6,7 milhões e agora foi cancelada. Por que foi cancelada? Agora, uma empresa ligada ao prefeito está com uma nova licitação no valor de R$ 9,9 milhões. Isso precisa ser investigado. A saúde do município também está abandonada. Precisamos de mais obras e melhorias.” O vereador José de Vital classificou a situação como “a licitação do futuro”, criticando o aumento de R$ 3,2 milhões no valor da obra. “Tem que tirar o chapéu para o cara desse. Tem que tirar o chapéu porque é para o futuro. Às vezes tem coisa que vai vir dos Estados Unidos ou de outro país que eu não sei, para compor o colégio de Iguatemi,” ironizou Vital. O presidente Ronilton Carneiro Alves Batata concluiu a sessão com uma nota de preocupação. “Colegas vereadores, notei que todos estão preocupados com a licitação do Colégio de Iguatemi. Realmente, se isso estiver acontecendo, não pode. Aqui, ninguém tem uma máquina do futuro para prever quem vai ganhar a licitação.” Diante das suspeitas e preocupações levantadas, os vereadores da oposição já protocolaram um pedido de investigação junto ao Ministério Público Federal para apurar possíveis irregularidades no processo licitatório.

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