O registro de candidatura da prefeita Sheila Lemos (UB) pode ser cassado ainda nesta segunda-feira (16). A decisão está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde a maioria dos desembargadores já votou a favor da tese apresentada pela acusação, que aponta inelegibilidade da gestora. O pedido de cassação foi feito pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), com o apoio do candidato a prefeito Marcos Adriano (Avante), após a negativa em primeira instância. Insatisfeitos com o resultado, os impetrantes recorreram. Até o momento, quatro desembargadores acolheram a tese da inelegibilidade, enquanto o desembargador Moacyr Pita Lima pediu vista. O principal argumento da acusação é que Irma Lemos, ex-vice-prefeita e mãe de Sheila, teria exercido o cargo de prefeita entre 2017 e 2020, substituindo o então prefeito Herzem Gusmão. De acordo com a lei eleitoral, isso configuraria que, caso Sheila vença as eleições, ela estaria assumindo um terceiro mandato consecutivo, o que é proibido. A defesa de Sheila Lemos contesta essa interpretação, argumentando que Irma Lemos não exerceu um mandato de forma contínua, mas apenas substituiu temporariamente o prefeito em duas ocasiões. O primeiro período foi em outubro de 2019, por dez dias, e o segundo, entre 18 e 31 de dezembro de 2020, ambos fora do intervalo de seis meses antes das eleições de 2020, quando Sheila foi eleita vice-prefeita. Com a decisão pendente no TRE, o próximo passo esperado é que Sheila Lemos recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a situação.

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