O policial militar Marlon da Silva Oliveira, suspeito de matar Gabriel Santos Costa, de 17 anos, e ferir Haziel Martins Costa, de 19, no bairro de Ondina, em Salvador, se apresentou ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na noite deste domingo (8). Na manhã desta segunda-feira (9), ele foi transferido para a Corregedoria da Polícia Militar, onde será ouvido. Marlon era considerado foragido desde sexta-feira (6), quando a Justiça decretou sua prisão preventiva. O crime ocorreu na madrugada do dia 1º de dezembro e ganhou grande repercussão após ser parcialmente registrado em vídeo por uma testemunha. Nas imagens, o policial aparece rendendo os jovens, xingando e agredindo-os antes de disparar mais de 10 tiros. Gabriel morreu no local, enquanto Haziel foi socorrido em estado grave e permanece internado. A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, destacou a importância do interrogatório para confrontar as versões apresentadas. “Precisamos trazer aos autos a versão do PM e entender o que ele alega. Vamos confrontar com as provas já coletadas”, afirmou. Marlon admitiu ter atirado nos jovens, mas alegou legítima defesa, afirmando que foi vítima de uma tentativa de assalto. A Polícia Civil, entretanto, não aceitou essa justificativa e segue investigando o caso como uma possível execução. A namorada do policial, que estava no local do crime, também sustentou a versão de legítima defesa. A Polícia Militar instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso e afastou Marlon das atividades operacionais. Ele havia sido realocado para funções administrativas até o fim das investigações.