Cinco dias após a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, nenhum dos fugitivos foi recapturado. A ação ocorreu na noite de quinta-feira (12), quando um grupo armado invadiu o presídio, trocou tiros com agentes de segurança e facilitou a saída dos internos. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os detentos estavam em duas celas abertas pelos invasores. Durante a fuga, os presos usaram cordas improvisadas para descer pelo alambrado e fugiram por uma área de vegetação. O objetivo do ataque era resgatar Ednaldo Pereira Souza, conhecido como "Dadá", apontado como chefe da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 fugitivos também são ligados à organização criminosa. Desde a fuga, três suspeitos de envolvimento na invasão foram mortos em confrontos com a polícia e dois foram presos. Um dos mortos, identificado como Jaione Santos de Souza, foi localizado em sua residência com armas e munições compatíveis com as usadas na invasão. Outros dois homens, Fernando Correia Santos e David Silva Souza, apontados como mentores do resgate, também morreram em confronto. A Seap determinou o afastamento por 30 dias da diretora do presídio, Joneuma Neres, do diretor-adjunto Elton Rocha e do coordenador de segurança. A unidade está sob intervenção administrativa e será gerida interinamente pelo policial penal Jorge Magno Alves Pinto. Uma sindicância foi instaurada para apurar as circunstâncias da fuga. Essa foi a maior fuga registrada no Conjunto Penal de Eunápolis nos últimos oito anos e a única envolvendo invasão armada. As forças policiais seguem mobilizadas para localizar os fugitivos e os demais envolvidos no caso.