Um aluno foi expulso da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que aconteceu neste domingo (05), após o alarme de seu celular tocar durante a prova.  Em entrevista para O Globo, o jovem que não teve seu nome divulgado disse que seu aparelho estava lacrado e se surpreendeu quando ele tocou.  Segundo o jovem, de 18 anos, e morador de Belém, no Pará, ele desligou o celular para realizar a prova, porém o smartphone estava “um pouco quebrado”, ele acabou “ligando sozinho”. O alarme que tocou foi às 16h, horário que o estudante usava para estudar aos finais de semana, naquele momento, ele já havia feito a redação que segundo ele “uma das mais fáceis”.  “Cheguei a citar a filósofa Djamila Ribeiro e o escritor Ariano Suassuna. Eu fui totalmente [preparado] para o Enem, achei um tema muito fácil — disse ele, que pretende cursar engenharia civil ou educação física. — Me preparei o ano todo, estou estudando desde o começo. Sou aluno de escola pública, mas faço cursinho por fora, e sei o quanto foi difícil [para os meus pais] me manter lá.”, desabafou Bruno.  Desapontado, ele pretende tentar no ano que vem, porém acredita que não vai ter o mesmo preparo que teve em 2023. “Poucos têm a oportunidade de pagar um cursinho sendo aluno de escola pública. Meus pais estão muito decepcionados, porque foi um ano de estudos jogado fora. E um ano de atraso na vida de um estudante — declarou ele, que classificou o momento como “o dia mais triste da vida”. — Penso em fazer [ano que vem], mas acredito que perderei o foco”, disse. 

OUTRA EXPULSÃO

Um outro estudante, de Ariquemes, em Rondônia, também foi expulso no primeiro dia do Enem. Gabriel Felipe Morais, de 18 anos, acabou de se formar no ensino médio e quer fazer medicina, disse que pagou um curso caro para se preparar e canhoto, ele sentou em uma mesa para destros antes da fiscal oferecer uma carteira apropriada. Mesmo assim, Gabriel afirmou que pretende ir no próximo fim de semana “só para falar que fez a prova”, e vai tentar mais um ano da prova. Contudo, diferente desta vez, ele acredita que precisará conciliar os estudos com um trabalho.

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