"desnutricao"

Salvador, a capital da Bahia, ocupa o triste posto de cidade mais pobre entre as capitais brasileiras, de acordo com o levantamento “Mapa da Desigualdade entre as Capitais”, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS). O estudo, divulgado em 2023, conta com o apoio da União Europeia (UE) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e analisou diversos aspectos socioeconômicos das 26 capitais do país. Segundo o levantamento, mais de 11,15% dos habitantes de Salvador vivem com uma renda domiciliar per capita inferior a US$ 1,9 por dia (o equivalente a R$ 10,90), o que posiciona a cidade no topo do ranking de pobreza extrema. Considerando a população de 2,4 milhões de pessoas, conforme o Censo 2022 do IBGE, isso significa que mais de 270 mil soteropolitanos sobrevivem com menos de R$ 327,00 por mês — um valor que corresponde a menos de 1/4 do salário mínimo. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita da cidade também reflete essa realidade: com R$ 20,4 mil, Salvador apresenta o menor PIB per capita entre todas as capitais do Brasil, sendo acompanhada por Belém (PA), com R$ 20,5 mil, e Maceió (AL), com R$ 22,3 mil. Outro dado alarmante é a taxa de desocupação, que atinge 16,7% da população de Salvador, também a maior entre as capitais. Isso significa que mais de 400 mil pessoas na cidade não possuem nenhum tipo de trabalho formal ou informal, conforme os dados do Censo 2022 do IBGE. Além da pobreza e do desemprego, Salvador tem o maior percentual de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais. Mais de 88% da população está cadastrada — ou seja, mais de 2,1 milhões de soteropolitanos dependem de assistência social. O cenário também é grave no que diz respeito à desnutrição infantil. A capital baiana registra o maior percentual de crianças menores de cinco anos desnutridas, com 4,03% nessa condição, segundo o Mapa da Desigualdade. As informações são do site Bnews.

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