A primeira edição da FliConquista, realizada de 15 a 19 de dezembro em Vitória da Conquista, foi encerrada de forma memorável com a apresentação da ópera “Fantasia Leiga Para um Rio Seco”, escrita há mais de 40 anos pelo célebre Elomar Figueira. As duas sessões, realizadas no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima nos dias 18 e 19 de dezembro, foram marcadas pela presença inesperada do compositor. A ópera, interpretada pela Orquestra Conquista Sinfônica e com a voz potente do menestrel Xangai, foi conduzida pelo maestro João Omar, filho de Elomar. A obra, que retrata a dura realidade da Seca do Noventinha no Nordeste brasileiro, foca-se particularmente no sofrimento do Sudoeste da Bahia, unindo música e literatura para contar a história de um retirante afetado pela fome e desolação.

A renomada artista Zezé Motta foi a grande atração na primeira edição da Feira Literária de Vitória da Conquista (FliConquista) na última sexta-feira (17), apresentando o espetáculo “Atendendo a Pedidos”. Realizado no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, o show atraiu cerca de dois mil espectadores, que se encantaram com o talento e carisma da artista. Maria José Motta de Oliveira, mais conhecida como Zezé Motta, é uma atriz e cantora brasileira, símbolo da cultura afro-brasileira. Durante sua carreira, ela tem quebrado barreiras, destacando-se em diversos papéis no cinema e na televisão. Seu espetáculo “Atendendo a Pedidos” surgiu da interação com os fãs, que frequentemente pediam suas canções favoritas durante as apresentações. O repertório da noite incluiu 11 canções, entre elas “Muito Prazer, Zezé”, “Coroa”, “Tigresa” e “Chega de Saudade”. Além das músicas, o espetáculo contou com um bate-papo entre Zezé e o professor e comunicador Adão Albuquerque, onde a artista compartilhou aspectos de sua jornada na arte. 

A Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (FECIBA) trouxe uma atmosfera de cultura e ciência para o Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima em Vitória da Conquista na tarde de quinta-feira (16). A feira, que contou com a participação de alunos da rede estadual de vários municípios, incluindo Mirante, Caraíbas, Poções e Cordeiros, exibiu uma variedade de projetos de diferentes áreas do conhecimento. Este ano, a FECIBA registrou um recorde de inscrições com 1073 projetos, dos quais 950 foram selecionados. Estes projetos abrangem oito áreas do conhecimento, incluindo Ciências Exatas, Humanas, da Natureza, Saúde, Agrárias, Linguagens, Engenharia e Cientista Júnior. O evento, que tem como objetivo incentivar o protagonismo estudantil e a criação de soluções criativas para problemas cotidianos, selecionará sete produções de cada núcleo territorial. Os 126 projetos escolhidos serão expostos em Salvador de 11 a 15 de dezembro. Entre os destaques da feira estavam pesquisas sobre hábitos alimentares em comunidades quilombolas, distúrbios alimentares na adolescência, gêneros e sexualidades, e insegurança na zona rural. Além disso, projetos como a restauração de um casarão histórico em Cordeiros também chamaram atenção. A FECIBA é uma iniciativa do Coletivo Barravento, com parceria do Studio Palma e apoio da Fundação Pedro Calmón, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal. A FliConquista, onde a feira ocorre, oferece uma programação totalmente gratuita.

Na noite de quinta-feira (16), durante o segundo dia da Feira Literária de Vitória da Conquista (FliConquista), o escritor e ex-deputado federal Jean Wyllys participou da Conversa Literária 2, intitulada “O que não se pode dizer”. O evento, realizado na Arena Literária, atraiu um grande número de ouvintes atentos. Jean Wyllys, conhecido também por sua atuação como ativista político e defensor dos direitos LGBTQ+, abordou temas diversos em sua fala. Ele, que viveu um período de autoexílio após reiteradas ameaças de morte, compartilhou experiências dessa fase em seu livro “O que não se pode dizer: experiências do exílio”, coescrito com a filósofa Marcia Tiburi. Durante a conversa, mediada pela professora de cinema e dramaturga Adriana Amorim, também conhecida como Drica, Wyllys destacou a importância da expressão literária. “A literatura e os escritores que vieram antes de mim transformaram a minha vida”, disse ele. A FliConquista também contou com uma sessão de autógrafos do livro na sexta-feira (17), proporcionando aos fãs do escritor a oportunidade de um encontro mais próximo.

A FliConquista, realizada na última quinta-feira (16), foi palco da premiação do Núcleo Territorial de Educação de Vitória da Conquista (NTE20), destacando o talento de estudantes de escolas estaduais. Os jovens apresentaram projetos educacionais artísticos nas categorias Tempo de Arte Literária (TAL), Artes Visuais Estudantis (AVE), Educação Patrimonial e Artística (EPA) e Produções de Vídeos Estudantis (PROVE). As atividades culturais e artísticas, orientadas por professores, resultaram em apresentações teatrais, vídeos e obras de artes visuais. Alguns projetos homenagearam heróis brasileiros da independência, com destaque para as heroínas baianas Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica. A premiação, celebrada pelo professor, ator e radialista Adão Albuquerque, incluiu categorias variadas, reconhecendo os melhores trabalhos dos estudantes. Entre os premiados, o curta metragem do estudante Luís Eduardo, do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP), chamou atenção ao abordar o bicentenário de independência da Bahia com ênfase nas heroínas da época. A FliConquista é organizada pelo Coletivo Barravento e conta com a parceria do Studio Palma e o apoio da Fundação Pedro Calmón, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal do Brasil. O evento, que celebra a cultura e a literatura, é gratuito e suas atualizações podem ser acompanhadas no Instagram.

O poder das palavras sussurradas no ouvido fez as pessoas se arrepiarem na manhã desta quinta-feira (16), com a Biblioteca DONARAÇA, que abrilhantou o público com a apresentação “Sussurros Poéticos”. O Sussurro Poético é uma ideia da Biblioteca DONARAÇA e tem o intuito de incentivar as pessoas a se apaixonarem pela literatura. A atividade trouxe poetas da cidade de Vitória da Conquista, que já têm o dom de recitar poesias, para sussurar poemas de poetas famosos e admirados pelo público. Os convidados deixaram a apresentação ainda mais bela e sensível. Para o psicólogo e coordenador do projeto, Josué Brito, a Biblioteca DONARAÇA tem a missão de incentivar o hábito da leitura, levando livros para zona rural e bairros periféricos. Ele relata a importância da sensibilização através do texto como forma de incentivo à literatura. “Achamos que o livro é um direito de todos, seguimos a ideia de que a sensibilização através do texto é um canal essencial para a pessoa se apaixonar pelo texto literário.”  Shirley Oliveira é policial militar, escritora e poetisa, e foi uma das convidadas pela Biblioteca para ser uma das vozes do Sussurros Poéticos. Para ela, a experiência foi um momento fantástico. “Uma experiência única. Nós pegamos alguns poemas de poetas conhecidos e sussurramos através de um tubo no ouvido das pessoas que iam passando. É muito interessante ver as pessoas se arrepiando, né? Um simples verso tem esse poder quando sussurrada ao pé do ouvido. Foi uma experiência fantástica pra mim.”  A enfermeira obstetra Queila Marques participou da atividade e esteve do outro lado do projeto. Ela foi contemplada com um sussurro em seu ouvido de um poema da poetisa Cecília Meireles. Para Queila, a experiência foi arrepiante durante todo o momento. “Tive uma experiência maravilhosa. Ouvir a poesia de Cecília Meireles aqui, ó, sussurrada no ouvido bem de pertinho, que delícia. Só em falar eu já estou novamente toda arrepiada. Nunca tinha tido essa experiência de ouvir uma poesia sussurrada no ouvido. Foi maravilhoso.”  Esses são os poderes das palavras, elas arrepiam, acalmam e abrilhantam os corações. São expressões que transcendem as barreiras do tempo e do espaço, conectando-nos a experiências humanas universais. Através das palavras habilmente entrelaçadas, a poesia sussurra emoções profundas e desperta sentimentos que muitas vezes permanecem latentes. O Sussurro Poético foi uma das atividades da Biblioteca DONARAÇA, que apresentou na FliConquista uma programação extensa de debates literários e experiências astravés da literatura. A Biblioteca DONARAÇA está presente na FliConquista até sábado, 18 de novembro. Confira a programação completa.

Texto: Vitor Barbosa. Parceria FliConquista, sob orientação de Paula Janay, e Avoador, produto laboratorial da disciplina Jornalismo Digital, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

Melodia, música, talento e preciosidade, assim de forma sublime, a orquestra Camerata Carlos Jehovah se apresentou e consagrou a primeira noite da Feira Literária de Vitória da Conquista (FliConquista), que chega em sua primeira edição com o tema “Liberdade Literatura”. O Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima foi palco para a bela e fervorosa apresentação da orquestra, que emocionou e arrancou suspiros do público presente. Ledison Manrique, diretor e regente, foi um dos responsáveis pelo espetáculo e enfatiza o grande prazer de estar participando da feira. “Primeiramente, agradeço o convite da feira pela oportunidade, uma honra muito grande para  mim e para o programa Carlos Jehovah abrir a Feira Literária de Conquista”. Tocando e espalhando notas de liberdade e literatura, Stefanie Coqueiro expressou sua felicidade em abrir, junto a seus colegas, a noite de espetáculos na primeira edição da feira. “É um prazer imenso estar participando da primeira Fliconquista e ter atuado junto com a Camarata da Neojibá na noite de abertura. Foi uma experiência fantástica musicalmente. A relação com o público foi maravilhosa”. A melódica e inspiradora performance tocou a plateia presente, que aplaudiu de pé os músicos no palco. A professora aposentada, Shirlei Nogueira, esteve no público do espetáculo “No aniversário de 183 anos de  Vitória da Conquista nós somos presenteados com esse evento que traz o tema ‘Literatura e Liberdade’ junto ao Neojibá, que hoje homenageia Camillo de Jesus Lima. Podemos ver que a cultura voltou à cidade”. A FliConquista vai até o dia 19 de novembro no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima.  A FliConquista é realizada pelo Coletivo Barravento, composto por professores, produtores culturais, intelectuais e entusiastas da literatura, e conta com a parceria do Studio Palma e o apoio da Fundação Pedro Calmón, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal do Brasil. A programação da FliConquista é completamente gratuita. Para acompanhar todas as atualizações e informações sobre a FliConquista, siga o evento no Instagram.

Texto: Edilaine Rocha. Parceria FliConquista, sob orientação de Paula Janay, e Avoador, produto laboratorial da disciplina Jornalismo Digital, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

A FliConquista, primeira Feira Literária de Vitória da Conquista, já está a todo vapor desde as 14h desta quarta-feira(15), no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. O evento abriu com uma mostra de arte feita por estudantes, atraindo muitos visitantes. Com o tema “Literatura e Liberdade”, a feira celebra a Independência da Bahia e homenageia o poeta Camillo de Jesus Lima. As expografias de Victória Vieira e Adriana Camargo, inauguradas às 18h, já estão fazendo sucesso entre o público. A programação do primeiro dia incluiu a apresentação da Camerata Neojibá e uma conferência com Ruy Hermann Araújo Medeiros, destacando a obra de Camillo de Jesus Lima. O evento foi abrilhantado pelo espetáculo musical “Destino de Cigarra”, de Gutemba. Para os jovens, a Arena Literária, em parceria com o Multiverso Cultural, promete atividades até domingo (19). A entrada é gratuita, e a FliConquista está oferecendo uma experiência cultural rica e diversificada. Organizada pelo Coletivo Barravento e com o apoio de parceiros, a feira se estende até o fim de semana, prometendo mais atrações.

Entre os dias 15 e 19 de novembro, o Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima receberá a 1ª Feira Literária de Vitória da Conquista (FliConquista). Com o tema “Literatura e Liberdade”, a FliConquista se alinha às celebrações do Bicentenário da Bahia (1823-2023), um evento histórico crucial na formação da identidade nacional brasileira. O evento destaca o papel da literatura e de outras linguagens artísticas na celebração desse espírito de independência e liberdade. A programação da FliConquista incluirá mesas literárias, lançamentos de livros, espetáculos e interpretações variadas sobre os temas de literatura e liberdade, enfatizando movimentos e personagens essenciais para a Independência do Brasil na Bahia. Com um foco especial nas contribuições femininas e afroindígenas, o evento busca explorar a liberdade criativa, os direitos fundamentais e visões afrofuturistas e distópicas da vida contemporânea. Homenageando o escritor Camillo de Jesus Lima (1912/1975), nome que batiza o Centro de Cultura, a FliConquista celebra sua obra e influência no cenário literário do século XX em Vitória da Conquista. O evento, proposto pelo Coletivo BarraVento e com apoio de várias instituições, oferecerá mais de 40 horas de atividades, incluindo mesas literárias, conversas, shows, concertos, lançamentos de livros, exposições e vivências literárias, atraindo um público diversificado de todas as idades. Os espaços da FliConquista serão divididos por propósitos específicos, com a Arena Literária para debates e apresentações artísticas, a Ciranda das Infâncias dedicada às histórias e livros infantis, a Via Literária para estandes de editoras e livrarias, e o Palco Literário para mesas de conversa e espetáculos. Como um evento público e gratuito, a FliConquista é uma oportunidade única para a comunidade local e visitantes se imergirem no mundo da literatura e das artes, celebrando a riqueza cultural e o espírito de liberdade através da palavra escrita e falada.