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Eleito em novembro após derrotar o peronista Sergio Massa nas urnas, o novo presidente da Argentina, Javier Milei, tomou posse neste domingo (10). A cerimônia no Congresso Nacional começou por volta das 11h15, sem a presença de Milei, e foi conduzida pela presidente do Senado, Cristina Kirchner. O novo mandatário foi declarado presidente do país às 11h20 da manhã. Por volta das 11h45, Milei chegou ao local após ter desfilado em carro por diversas ruas da capital argentina, sendo saudado por eleitores e acompanhado de sua irmã, Karina Milei. Já no Congresso, ele foi saudado sob gritos de “Liberdade”, antes de fazer o juramento de seguir a Constituição e receber o bastão e a faixa presidencial do ex-presidente Alberto Fernández. Em seguida, Milei posou para fotos e acenou para apoiadores, mas não discursou. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi convidado para a cerimônia, mas acabou enviando o chanceler Mauro Vieira para representá-lo. Outros presidentes confirmaram presença e deverão cumprimentar o novo presidente em cerimônia prevista para a tarde de hoje, na Casa Rosada. Entre eles estão os presidentes do Paraguai, Uruguai e Equador. Da Europa, confirmaram presença o primeiro-ministro da Hungria e o presidente da Armênia. O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky também está na posse, além do ex-presidente Jair Bolsonaro. Depois da cerimônia na Casa Rosada, as celebrações de posse de Milei devem terminar no Teatro Colón, à noite.

O peso argentino abriu em queda nesta terça-feira (21) com o início das negociações no país após Javier Milei vencer as eleições para a Presidência no último domingo (19).  De acordo com operadores, a moeda teve uma queda de 0,59% nos primeiros negócios realizados desta terça-feira, e foi para 356,10 pesos, que corresponde a R$4,89. Nesta terça-feira, o atual mandatário Alberto Fernández e o presidente eleito começaram os diálogos para uma transição governista. Milei irá tomar posse como presidente do país no próximo dia 10 de dezembro.

O candidato de ultradireita Javier Milei será o futuro presidente da Argentina pelos próximos quatro anos. Com 98,21% das urnas apuradas, ele está matematicamente eleito com 55,75% dos votos, contra 44,24% do candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa. Ao votar no início da tarde, Milei disse que “tudo o que tinha de ser feito já foi feito” e a hora de as pessoas falarem tinha chegado, “apesar da campanha do medo”. O candidato da coalizão La Libertad Avanza disse que o momento era de esperança, para impedir o que chamou de “continuidade da decadência”. Economista, Milei se caracteriza por ser um candidato antissistema num país abalado por uma grave crise econômica, onde a inflação chegou a 142,7% nos 12 meses terminados em outubro. Ele promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação, mas amenizou outras promessas no segundo turno, prometendo não privatizar a saúde e as escolas públicas. Alçado à fama como comentarista econômico em programas de televisão, Milei se diz amante de cães e, segundo a mídia argentina, tem vários clones de um cachorro que viveu de 2004 a 2017. Embora tenha se aliado a políticos da direita tradicional no segundo turno, como o ex-presidente Mauricio Macri e a candidata derrotada Patricia Bullrich, o candidato vencedor atraiu o voto sobretudo dos mais jovens ao se posicionar contra aos políticos tradicionais, que chama de “a casta”. Durante a campanha, Milei foi comparado a políticos antissistema como o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O futuro presidente argentino define-se como libertário e anarcocapitalista e declarou-se defensor de ideias como a comercialização de órgãos e a livre venda de armas. Durante o segundo turno, criticou o Papa Francisco, a quem chamou de comunista.

Os argentinos estão se preparando para ir às urnas neste domingo (19) para decidir quem será o próximo presidente do país. O segundo turno das eleições presidenciais está sendo disputado entre o atual ministro da Economia e candidato governista, Sergio Massa, do partido Unión por la Patria, e o economista ultraliberal Javier Milei, do partido La Libertad Avanza. No primeiro turno, realizado em 22 de outubro, Sergio Massa recebeu 36,69% dos votos válidos, enquanto Javier Milei conquistou 29,99%. Os dois candidatos apresentam propostas distintas para o futuro da Argentina. Javier Milei defende a redução do Estado ao mínimo, acreditando no desenvolvimento econômico por meio de incentivos ao comércio e exportações. Ele também propõe uma revisão dos conceitos de igualdade e justiça social na sociedade argentina, além de criticar o bloco do Mercosul e rejeitar a entrada da Argentina no grupo BRICS. Sergio Massa, por outro lado, defende a manutenção de um Estado forte e promete equilíbrio fiscal, cumprindo as metas com o FMI. Seu plano inclui a reconstrução de rendimentos afetados pela inflação e a conversão de planos sociais em empregos. Massa visa ampliar as parcerias comerciais e atrair mais divisas para o país. Em meio a esta eleição crucial, a Argentina enfrenta uma grave crise econômica, com inflação elevada, altos índices de pobreza e recessão iminente. A situação econômica tem levado muitos a questionarem o movimento político Peronista, historicamente poderoso no país. Catalina Cepernic, cujo bisavô foi um seguidor das ideias de Juan Domingo Perón, expressou incertezas sobre o movimento político. “Hoje, eu não me identifico com o peronismo e não tenho certeza se suas políticas refletem o que meus parentes lutaram todos aqueles anos atrás”, disse ela, refletindo o sentimento de muitos argentinos em meio a esta eleição decisiva.

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