"portoseguro"

Na tarde da última sexta-feira (16), dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de um juiz e de um empresário em Porto Seguro, no sul da Bahia, durante a “Operação Descobrimento”. A ação, coordenada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), investigava ambos os suspeitos por envolvimento em crimes de agiotagem. A operação foi realizada pela Unidade de Assessoramento e Investigação da Procuradoria-Geral de Justiça (Unai) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Sul (Gaeco Sul), com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar, através do Comando de Policiamento Regional Sul (CPR Sul) e da Rondesp Extremo Sul. Segundo as investigações, o juiz e o empresário estariam envolvidos em um esquema de empréstimos com juros abusivos, onde o magistrado atuava por meio do empresário. Os valores eram depositados nas contas indicadas pelos beneficiários, que em troca emitiam cheques como garantia. Esses cheques eram então repassados ao juiz e mantidos até a quitação da dívida. As investigações começaram após o compartilhamento de informações obtidas pela Corregedoria-Geral da Justiça do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que encontrou indícios de irregularidades em procedimentos administrativos relacionados à comarca de Porto Seguro. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

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Na manhã desta quarta-feira, 24 de julho, foi deflagrada a operação “Sordidae Manus”, que resultou na prisão preventiva de dois indivíduos, incluindo um oficial da Polícia Militar. A operação visa desarticular uma organização criminosa que extorquia empresários e comerciantes em Porto Seguro e região, oferecendo proteção contra ações policiais em troca de vantagens financeiras. A operação foi coordenada por uma ação integrada entre o Ministério Público Estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), a Corregedoria da Polícia Militar da Bahia (Correg) e a Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger). Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus. As buscas abrangeram residências, incluindo a do PM envolvido, e sedes de empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz Cabrália. O procedimento investigatório, iniciado a partir de uma denúncia interna da Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália. De acordo com as investigações do Gaeco, o oficial da PM era o líder da organização criminosa. Ele teria recebido pagamentos ilícitos de empresários, comerciantes e políticos da região para evitar sua atuação policial e informar sobre operações, impedindo abordagens e apreensões. O capitão é investigado por diversos crimes, incluindo prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão, ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro e peculato. Comerciantes da região também estão sendo investigados por corrupção ativa. O material apreendido será submetido a análise pelo Ministério Público e, posteriormente, passará por perícia para ajudar na elucidação dos crimes e na busca de novas evidências.

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