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Na última sexta-feira (02), foi realizada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), pela primeira vez no SUS, uma nefrolitotripsia percutânea (PCNL). A PCNL é uma técnica minimamente invasiva usada para remover cálculos renais, conhecidos como pedras nos rins. O procedimento é realizado através de uma pequena incisão nas costas, na qual um tubo fino e flexível é inserido diretamente no rim tornando possível a passagem de um aparelho para fragmentar e remover os cálculos. Por ser realizada com menor invasividade, a técnica traz grandes benefícios ao paciente que sofre de cálculos renais, reduzindo o risco de infecções e provocando menos sangramento e menos danos ao rim. Além disso, quando comparadas aos procedimentos tradicionais, a dor que o paciente sente é menor e a recuperação é mais rápida, podendo retornar às suas atividades normais em um período mais curto. De acordo com Leandro Dórea, urologista especialista em cirurgia minimamente invasiva e coordenador do Serviço de Urologia do HGVC, a introdução da PCNL pelo SUS em Vitória da Conquista tem um impacto positivo para a saúde na região. Isso permite acesso a tratamentos avançados, com técnica moderna, sem que o paciente precise se deslocar para outras cidades ou estados. Como consequência, o tempo de espera para tratamento é reduzido, devido à diminuição da fila e, consequentemente, da sobrecarga dos centros especializados. A nova técnica também impacta significativamente na qualidade de vida do paciente, que se beneficia de um tratamento altamente eficaz. “A perspectiva é que cada vez mais procedimentos como esse sejam realizados pelo SUS na nossa cidade, com a possibilidade de ampliação da capacidade instalada no hospital e disponibilização de mais recursos para o tratamento de problemas urológicos no Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista (CHVC).” conclui o especialista.

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Neoplasia maligna de pênis representa 2% dos casos de câncer em homens no Brasil, revela Ministério da Saúde. Entre 2013 e 2022, 19,9 mil diagnósticos foram registrados, com 5,6 mil amputações penianas devido a complicações da doença. O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Eduardo Pimentel, alerta para a gravidade do câncer peniano, destacando que o Brasil é o terceiro país em diagnósticos e mortes por essa enfermidade. Os sintomas iniciais incluem feridas não cicatrizantes, secreção com odor forte e alterações na pele da glande. A velocidade no diagnóstico é crucial, enfatiza Pimentel, observando o impacto emocional da condição, que frequentemente requer amputação parcial ou total do pênis. Ele ressalta a importância de tratar a doença no estágio inicial, quando é mais tratável. Apesar de ser raro, o SUS observou um aumento nas cirurgias relacionadas ao câncer peniano nos últimos anos. Além disso, há um aumento no uso de quimioterapia e radioterapia como alternativas ao tratamento cirúrgico em casos específicos. O câncer de pênis afeta predominantemente homens com mais de 50 anos, mas também pode ocorrer em jovens. Pimentel enfatiza a necessidade de educação sobre higiene genital desde a infância, destacando a importância de lavar o pênis diariamente, inclusive após atividades sexuais ou masturbação.

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