Uma operação conjunta realizada na última segunda-feira (10) pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) resultou na transferência de 140 detentos do regime semiaberto do Presídio Advogado Nilton Gonçalves para o Conjunto Penal de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. A ação contou com o apoio da Polícia Penal, do Grupo Especial de Operações Prisionais (Geop) e da Polícia Militar. A medida segue o provimento publicado em 23 de outubro de 2025 pela Corregedoria-Geral da Justiça da Bahia, que regulamenta o cumprimento de pena e a redistribuição de internos entre unidades prisionais do estado. O documento, assinado pelo desembargador Roberto Maynard Frank, prorrogou por 60 dias o prazo para a conclusão do processo de reorganização estrutural do sistema prisional. O Presídio Nilton Gonçalves, localizado no bairro Kadija, possui capacidade para 187 vagas e abriga presos do sexo masculino em regime semiaberto e detentas provisórias. Já o Conjunto Penal de Vitória da Conquista, situado na rodovia que liga o município a Barra do Choça, tem capacidade para 750 internos e recebe presos dos regimes fechado e semiaberto. Segundo a Seap, a transferência faz parte de um processo de readequação física e de segurança nas unidades prisionais da região sudoeste, com o objetivo de garantir a separação adequada entre os regimes e otimizar o espaço destinado aos custodiados. Toda a operação foi acompanhada por equipes da Polícia Penal, Polícia Militar e representantes da secretaria, com reforço na segurança durante o transporte dos detentos.
Uma mulher de 44 anos, que se apresentava como farmacêutica e esteticista, é investigada pela Polícia Civil após causar lesões graves e deformidades permanentes em pelo menos duas mulheres em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. A suspeita teve a clínica onde atuava interditada nesta sexta-feira (7), durante uma ação conjunta com a Vigilância Sanitária Municipal. De acordo com as investigações, uma das vítimas procurou o serviço em fevereiro deste ano e foi submetida a um procedimento estético que envolvia a retirada de gordura abdominal e o preenchimento dos seios. O resultado, porém, foi desastroso: a mulher ficou com cortes abertos, cicatrizes extensas e sequelas permanentes. O valor pago foi de R$ 1.800. Segundo a polícia, a investigada não possui formação superior nem habilitação profissional para realizar esse tipo de intervenção. Outra mulher também registrou ocorrência após sofrer ferimentos no rosto em consequência de um procedimento estético realizado pela mesma profissional. As vítimas relataram dores, infecções e impacto emocional ao conviverem com as marcas deixadas pelas intervenções. A Vigilância Sanitária constatou que o espaço funcionava sem alvará, com produtos vencidos e materiais de uso restrito, o que reforçou as irregularidades apuradas. A suspeita foi conduzida para depoimento e permaneceu em silêncio. O inquérito segue em andamento, e ela responderá pelos crimes de lesão corporal grave com deformidade permanente e exercício ilegal da medicina. As investigações continuam para identificar se há outras vítimas dos procedimentos realizados de forma clandestina na cidade.
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