02 de dezembro de 2025

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Estudantes de Lagoa Real criam estufa automatizada para fortalecer agricultura familiar no semiárido

02/12/2025 - 05:00
Estudantes de Lagoa Real criam estufa automatizada para fortalecer agricultura familiar no semiárido
Foto: Gabriel Pinheiro/Secti

Um grupo de estudantes do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, em Lagoa Real, desenvolveu uma estufa agrícola automatizada com adubação verde voltada ao cultivo de hortaliças no semiárido baiano. A iniciativa, criada por Mayara Cardoso, Letícia Guanaes e Karllos Avelar, sob orientação da professora Izis Pollyanna, nasceu da preocupação em oferecer soluções práticas para pequenos agricultores que enfrentam limitações hídricas, solos empobrecidos e forte variação climática. O protótipo integra automação completa, monitoramento remoto por aplicativo e um software que ajusta as condições de cultivo conforme a necessidade das plantas. Segundo o estudante Karllos Avelar, a tecnologia permite reduzir intervenções manuais e aprimorar a eficiência produtiva, superando o modelo tradicional de estufas que dependem exclusivamente de manejo direto do agricultor. Entre os benefícios, estão maior retenção de umidade, redução de perdas e mitigação dos efeitos da salinidade, problema recorrente na região. O projeto também incorpora um banco de dados agrícola capaz de fornecer orientações personalizadas para cada espécie cultivada. De acordo com os estudantes, essa ferramenta facilita o trabalho de agricultores com pouca experiência técnica e contribui para decisões mais assertivas, aumentando o rendimento das plantações e reduzindo falhas ao longo do ciclo produtivo. A proposta ganhou destaque no Bahia Tech Experience, evento de inovação promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com o Sebrae. Com o bom desempenho na feira, o trio estuda registrar a patente da tecnologia e transformar a ideia em uma startup. A equipe já recebeu propostas de continuidade da pesquisa em instituições de ensino superior e avalia novas parcerias. Para a professora Izis Pollyanna, a participação dos jovens em projetos científicos estimula autonomia, pensamento crítico e capacidade de transformar problemas reais em soluções aplicáveis às comunidades rurais do território.