Cinco municípios da Bahia iniciaram 2025 em estado de calamidade financeira, enfrentando graves dificuldades econômicas. Entre as cidades estão Brumado, Juazeiro, Lauro de Freitas, Curaçá e Bom Jesus da Lapa. A medida foi adotada pelos prefeitos recém-empossados para lidar com dívidas milionárias e problemas administrativos herdados das gestões anteriores. Em Brumado, a calamidade foi decretada devido à ausência da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, o que comprometeu o planejamento financeiro do município. O prefeito Fabrício Abrantes (Avante) destacou que a medida é essencial para reorganizar a administração pública e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Juazeiro aparece como o município baiano mais endividado, com um débito estimado em R$ 300 milhões. O decreto de calamidade financeira tem duração inicial de 30 dias e pode ser prorrogado. A prefeitura informou que a prioridade é equilibrar as contas e assegurar serviços básicos à população. Lauro de Freitas enfrenta uma dívida total de R$ 200 milhões, sendo R$ 150 milhões referentes a pendências de curto prazo e o restante relacionado a débitos previdenciários. A administração municipal anunciou cortes em despesas não essenciais e suspensão de pagamentos para tentar estabilizar as finanças. Em Curaçá, no norte do estado, o decreto foi motivado por uma dívida acumulada de R$ 2,7 milhões, enquanto Bom Jesus da Lapa não divulgou o valor total das dívidas, mas declarou calamidade financeira para preservar os serviços básicos.