22 de novembro de 2025

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Gerente de hotel é preso em flagrante suspeito de desviar mais de R$ 200 mil em Porto Seguro

26/10/2025 - 07:00
Gerente de hotel é preso em flagrante suspeito de desviar mais de R$ 200 mil em Porto Seguro
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um homem de 36 anos, gerente de um hotel localizado na região central de Porto Seguro, foi preso em flagrante na manhã deste sábado (25), suspeito de desviar cerca de R$ 211 mil do estabelecimento onde trabalhava. A ação foi conduzida por equipes da 1ª Delegacia Territorial (DT) do município, vinculada à Polícia Civil da Bahia. As investigações começaram após uma denúncia que apontava a realização de transferências via PIX para contas pessoais do funcionário, que ocupava um cargo de confiança no setor financeiro do hotel. Durante a diligência, os policiais encontraram o suspeito nas dependências internas do local, no momento em que realizava uma transação bancária com uma hóspede, o que reforçou as suspeitas de desvio. Na abordagem, foram encontrados R$ 2 mil em espécie com o acusado, valor que, segundo ele, havia sido transferido pela hóspede e sacado em seguida. Em interrogatório, o gerente confessou o desvio de aproximadamente R$ 211 mil, cometido ao longo de um período que ainda está sendo apurado. Diante dos fatos, ele foi autuado em flagrante por furto qualificado mediante abuso de confiança e permanece custodiado à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando para rastrear o destino dos valores desviados e identificar possíveis coautores ou beneficiários do esquema.

Gerente de hotel é preso em flagrante suspeito de desviar mais de R$ 200 mil em Porto Seguro
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Prefeito de Anagé é multado e terá que devolver mais de R$ 3,7 milhões, decide TCM-BA

24/10/2025 - 05:00
Prefeito de Anagé é multado e terá que devolver mais de R$ 3,7 milhões, decide TCM-BA
Foto: Alan Rich/Blog Sudoeste

O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) acatou, na quarta-feira (22), uma representação contra o prefeito de Anagé, Rogério Soares Bonfim, por uma série de irregularidades cometidas durante os exercícios financeiros de 2021 e 2022. A decisão foi proferida pela 2ª Câmara de Julgamentos do órgão. A relatora do processo, conselheira Aline Peixoto, determinou o envio de representação ao Ministério Público Estadual (MP-BA) para apuração de possível ato de improbidade administrativa. O gestor foi multado em R$ 3 mil e deverá ressarcir aos cofres municipais o valor de R$ 3.794.286,01, com recursos pessoais. O montante é referente a pagamentos feitos acima do valor contratual a diversas empresas e despesas sem justificativa legal. Entre os casos estão a empresa FR Transporte, que recebeu R$ 3.794.286,01, superando o contrato de R$ 3.065.673,18; escritórios de advocacia pagos R$ 314 mil a mais do que o previsto; a One Consultoria Empresarial, que recebeu R$ 224.349,03 acima do contratado; e uma despesa de R$ 140.700,00 com nota fiscal não reconhecida pela autoridade fazendária. Também foram citados R$ 32.500,00 em diárias sem comprovação, R$ 10 mil pagos indevidamente à Metha Consultoria e R$ 7.063,80 acima do valor de uma dispensa de licitação. Segundo o relatório, foram constatadas contratações de consultorias e assessorias jurídicas com indícios de conluio entre empresas, pagamentos sem comprovação, locação irregular de veículos e máquinas pesadas, emissão de notas fiscais inconsistentes e ausência de planilhas de medição dos serviços. O TCM também apontou a prática de nepotismo, com a nomeação da esposa, filho, irmãs e nora do prefeito, sem comprovação das qualificações técnicas exigidas para os cargos. O Tribunal determinou o envio dos autos ao Ministério Público Estadual para adoção das medidas cabíveis. Cabe recurso da decisão.

Prefeitos do Sudoeste baiano investigados em operação por desvio e lavagem de R$ 12 milhões

23/10/2025 - 10:00
Prefeitos do Sudoeste baiano investigados em operação por desvio e lavagem de R$ 12 milhões
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação Intercessor, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados à Prefeitura de Poções, no sudoeste da Bahia, entre os anos de 2021 e 2023. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões. De acordo com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. Entre os alvos da operação estão a prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB), o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB) e o ex-chefe de gabinete e ex-prefeito de Poções, Otto Wagner de Magalhães, que foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Inicialmente, chegou a ser informado que o atual chefe de gabinete da Prefeitura de Poções, Jorge Luiz, também seria alvo das diligências, o que foi posteriormente corrigido, já que o nome dele não consta na ação da Polícia Federal. Segundo as investigações, a organização criminosa teria atuado por meio de contratos de terceirização de mão de obra, financiados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). As apurações apontam ausência de estudos técnicos, pesquisas de preços inadequadas, majoração indevida dos valores contratuais e prestação fictícia de serviços. A CGU identificou, durante as fiscalizações, aumentos irregulares em contratos e pagamentos superiores aos serviços efetivamente executados, configurando superfaturamento. De acordo com a apuração, parte dos valores desviados teria sido movimentada por meio de empresas de fachada, familiares usados como intermediários financeiros, transferências bancárias atípicas e ocultação patrimonial, práticas utilizadas para viabilizar o esquema de lavagem de dinheiro. A investigação também revelou que o grupo possuía ramificações em diversos municípios baianos, operando de forma coordenada para obter vantagens ilícitas com recursos públicos federais. A CGU destacou que o desvio de verbas destinadas à saúde, educação e assistência social causa impacto direto à população, sobretudo às comunidades mais vulneráveis, ao comprometer a oferta de serviços públicos essenciais e agravar problemas como a desigualdade social e a precariedade estrutural. A Operação Intercessor contou com a participação de 68 policiais federais e 13 auditores da CGU, que cumpriram mandados em residências, repartições públicas e sedes de empresas investigadas. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista. Até o momento, as defesas dos investigados não se manifestaram oficialmente sobre o caso.

STF anula lei da Bahia que limitava punições a gestores públicos

16/10/2025 - 11:30
STF anula lei da Bahia que limitava punições a gestores públicos
Foto: Arquivo/Blog Sudoeste

O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, por unanimidade, a Lei Estadual nº 14.460/2022, da Bahia, que restringia a aplicação de multas e punições a gestores públicos. A norma previa que só poderia haver punição se fosse comprovado que o desvio de recursos beneficiou diretamente o agente ou algum familiar. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação movida pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). A entidade alegou que a lei, que tratava do funcionamento do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), foi proposta por um deputado estadual, quando a iniciativa deveria ter partido do próprio tribunal. O relator, ministro Cristiano Zanin, destacou que o STF tem entendimento consolidado de que leis sobre estrutura e funcionamento de tribunais de contas não podem ser de autoria do Legislativo, sob pena de violar a autonomia constitucional dessas instituições. “Embora o Parlamento exerça o papel de fiscalização do uso de recursos públicos, os tribunais de contas não são órgãos subordinados ao Legislativo”, afirmou o ministro. Zanin também observou que a norma modificava, na prática, a Lei de Improbidade Administrativa, ao restringir punições apenas a casos dolosos, excluindo situações culposas e limitando a atuação dos órgãos de controle. Com a decisão, a lei foi declarada inconstitucional e perdeu validade imediatamente.