Os corpos de dois ciganos assassinados no dia 14 de novembro, no povoado de Pé de Galinha, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, seguem no Instituto Médico Legal (IML) sem liberação devido ao uso de documentos falsos pelas vítimas. Inicialmente identificados como Joel Barros Silva e Bruno Silva Lima, investigações apontaram que seus verdadeiros nomes seriam Joel Silva Lima e Victor Mendes de Oliveira. De acordo com a Polícia Civil, um dos homens era foragido da Justiça e já havia cumprido pena por homicídio. Além disso, há indícios de que um deles utilizava documentos falsificados para obter benefícios, como aposentadoria fraudulenta. A regularização das identidades é necessária para que os corpos sejam liberados às famílias. O duplo homicídio ocorreu após uma discussão durante uma live no TikTok. Segundo testemunhas, o desentendimento começou quando um dos ciganos não gostou de ser filmado, resultando em uma briga. Durante o confronto, o autor dos disparos sacou uma arma e atirou contra os presentes, matando dois homens e ferindo um terceiro. A vítima ferida foi levada ao Hospital Geral de Vitória da Conquista, mas deixou a unidade sem prestar depoimento à polícia. Nesta segunda-feira (25), ele foi detido em Mato Verde, Minas Gerais, onde tentou fugir sem pagar atendimento médico em um hospital local. Identificado como Carlos Mendes de Oliveira, ele também usava documentos falsos e tinha um mandado de prisão em aberto. A Polícia Civil já identificou o autor dos disparos, que também pertence à comunidade cigana, mas ele segue foragido. O crime expôs uma rede de irregularidades envolvendo as vítimas e trouxe à tona questões relacionadas a fraudes e passagens criminais. O caso segue sob investigação enquanto a polícia busca esclarecer as motivações do ataque e localizar os responsáveis.