A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista, deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) uma operação para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos bairros Ipanema, Boa Vista e Urbis VI. A ação teve como alvo um homem de 55 anos, investigado pelos crimes de extorsão, agiotagem, falsidade ideológica, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, o suspeito utilizava empresas de fachada para participar de licitações fraudulentas em prefeituras baianas, com direcionamento de concorrências, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas a agentes públicos. Ele também atua no ramo de postos de combustível e possui três CPFs diferentes em seu nome, o que levantou suspeitas de ocultação de bens e valores. Uma das vítimas, um idoso de 72 anos, relatou à polícia que contraiu um empréstimo com o investigado, apontado como agiota, e foi ameaçado de morte sob mira de arma de fogo caso não aceitasse pagar juros abusivos. As denúncias indicam que o investigado mantinha influência em diversas gestões municipais, contando com prefeituras que favoreciam suas empresas por meio de licitações direcionadas e ausência de competição real. Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, computadores, tablets e pen drives, que serão encaminhados para perícia técnica. A operação mobilizou 30 policiais civis e, segundo a Polícia Civil, novas atualizações sobre o caso serão divulgadas ao longo do dia.
Nesta quinta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Anóxia, focada em investigar desvios de recursos públicos e fraudes em contratos de saúde em municípios da Bahia, incluindo Vitória da Conquista. A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, com ações também em Alcobaça, Itororó, Salvador e Santa Luzia. Em Vitória da Conquista, os mandados visaram uma empresa suspeita de envolvimento em um esquema de terceirização de mão de obra na área de saúde, contratada sem licitação pela prefeitura de Santa Luzia. A empresa é investigada por superfaturamento de contratos e apropriação indevida de recursos públicos. Além disso, há indícios de outros crimes, como o não pagamento de encargos trabalhistas e a apropriação indébita previdenciária. As investigações começaram em 2020 pela Controladoria-Geral da União (CGU), após a empresa firmar contratos com a prefeitura de Ilhéus durante a pandemia da Covid-19. Na época, foram identificadas irregularidades como direcionamento de licitações e má gestão dos recursos destinados ao combate à pandemia. Os investigados poderão responder por crimes como fraude em licitação, estelionato, peculato e corrupção ativa e passiva.
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