A Justiça do Trabalho determinou que o Posto Power, no Recife, deixe de exigir que funcionárias trabalhem usando calça legging e camiseta cropped. A decisão liminar, da 10ª Vara do Trabalho, foi assinada pela juíza Ana Isabel Koury e divulgada nesta quarta-feira 12 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região. Pelo despacho, a empresa responsável pelo posto, FFP Comércio de Combustíveis Ltda., tem cinco dias para substituir o uniforme por peças adequadas ao ambiente profissional, como calças de corte reto e camisas de comprimento convencional. O descumprimento pode gerar multa diária de 500 reais por trabalhadora. Segundo a magistrada, fotos anexadas ao processo mostraram peças consideradas justas e curtas, situação que, segundo ela, expõe as frentistas e “desvirtua a finalidade protetiva do uniforme”. A ação foi apresentada pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco, depois que uma funcionária relatou constrangimento e desconforto no local de trabalho. A entidade aponta que o uniforme imposto viola a Convenção Coletiva de Trabalho e normas de segurança, além de estimular situações de assédio e humilhação. O sindicato informou ainda que, mesmo após a liminar, o posto continuou exigindo o uso das peças contestadas. Em nota, a FFP Comércio de Combustíveis negou as acusações e afirmou que recorrerá da decisão. A empresa disse que as imagens apresentadas no processo não seriam de funcionárias e que não refletem o uniforme oficial do posto. As informações podem ser atualizadas.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) autorizou, nesta terça-feira (4), a realização de um novo concurso público para a Polícia Civil da Bahia. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, que confirmou a abertura de 750 vagas para reforçar o efetivo da corporação. Serão ofertadas 100 vagas para delegado, 150 para escrivão e 500 para investigador. Segundo o secretário, a expectativa é de que o processo de escolha da banca ocorra ainda este ano, permitindo o início da formação dos aprovados até o começo de 2026. As datas de inscrição e prova serão divulgadas após a publicação do edital no Diário Oficial do Estado. Werner também destacou que a nova Academia de Polícia Civil (Acadepol) está em fase de construção e deve entrar em funcionamento até março do próximo ano. Além disso, o secretário informou que mais dois mil policiais militares serão convocados até o fim de 2025, somando-se aos 8,5 mil profissionais de segurança pública atualmente em formação no estado.
O Banco Bradesco foi condenado pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar indenização de R$ 10 mil a cada funcionário de uma agência localizada em Eunápolis, no sul da Bahia, por ter mantido as atividades internas durante uma greve de vigilantes. A decisão, unânime, manteve a sentença anterior após recurso apresentado pela instituição financeira. Entre os dias 12 e 18 de março de 2020, profissionais da segurança privada realizaram paralisação em todo o estado. Mesmo sem vigilantes, o Bradesco manteve a agência em funcionamento, o que, segundo o Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, expôs os empregados a risco ao trabalhar sem proteção. O banco alegou que a unidade operou apenas com expediente interno, sem atendimento ao público, e contestou a legitimidade do sindicato para propor a ação coletiva. No entanto, depoimentos confirmaram que os bancários registraram ponto e exerceram suas atividades normalmente durante o período da greve. A condenação foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) e ratificada pelo TST. O relator do caso, ministro Cláudio Brandão, destacou que os sindicatos têm legitimidade para defender os interesses da categoria, mesmo sem apresentar a lista individual de empregados afetados. O Bradesco ainda pode recorrer da decisão.
Um professor de 53 anos foi agredido a socos por um pai de estudante, dentro do Centro Educacional 4 do Guará, no Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (20). A confusão começou depois que o educador pediu à aluna que parasse de usar o celular durante a aula. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o homem invade a sala da coordenação e desfere nove golpes contra o professor, que tenta se proteger enquanto é contido por outros funcionários. A filha do agressor aparece nas imagens tentando intervir e conter o pai, aplicando um “mata-leão” para interromper as agressões. O autor, identificado como Thiago Lênin Sousa, foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Ele vai responder em liberdade pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato. Em depoimento, afirmou que agiu após receber uma ligação da filha, alegando ter sido xingada pelo professor. A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que a Coordenação Regional de Ensino do Guará acompanha o caso e que o Batalhão Escolar foi acionado para reforçar a segurança. A pasta destacou o compromisso com um ambiente seguro e respeitoso para professores, alunos e toda a comunidade escolar.
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