Na tarde desta quinta-feira (23), o Polícia Militar da Bahia (15º Batalhão) localizou e apreendeu mais de 1.000 litros de combustível adulterado em um galpão no bairro Nova Itabuna, em Itabuna, no sul da Bahia. A ação foi desencadeada após denúncias de armazenamento irregular. No galpão os agentes encontraram diversos galões contendo gasolina e etanol adulterados. Além disso, havia animais no local, inclusive um cão, o que evidenciou as condições precárias do depósito. Nenhuma pessoa foi detida no momento da operação. Todo o material apreendido foi encaminhado à Delegacia Territorial de Itabuna para perícia e instauração de inquérito. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar os responsáveis. O caso alerta para o risco que práticas como adulteração e armazenamento clandestino de combustíveis representam à segurança pública e ao meio ambiente. A população é orientada a denunciar situações suspeitas e a evitar abastecer em locais não regulamentados.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) que reduzirá em 4,9% o preço da gasolina tipo A vendida às distribuidoras, passando de em média R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, o que representa uma redução de R$ 0,14 por litro, a partir de terça-feira (21). Segundo a estatal, essa é a segunda queda no ano de 2025 para esse tipo de combustível. No acumulado do ano, a queda chega a R$ 0,31 por litro, ou 10,3%. Desde dezembro de 2022 o recuo acumulado é de R$ 0,36 por litro, o que, ao considerar a inflação do período, representa uma redução real de 22,4%. Em relação ao diesel, a Petrobras informou que não alterará, neste momento, os preços de venda para as distribuidoras. Desde março de 2025 já foram realizadas três reduções no diesel, e considerando o período desde dezembro de 2022 a queda acumulada, já ajustada pela inflação, é de cerca de 35,9%. A empresa ressalta que, apesar da redução anunciada, os valores praticados nos postos de revenda dependem de outros fatores, como etanol na mistura, impostos, logística e margem dos postos e, portanto, a diminuição na refinaria não garante automaticamente queda idêntica nos preços ao consumidor final.
O governo federal deve aprovar nesta quarta-feira (25) o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, como estratégia para conter os impactos da guerra no Oriente Médio sobre o preço dos combustíveis no Brasil. A medida, discutida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), busca reduzir a dependência das importações diante da alta do petróleo e proteger o consumidor brasileiro de possíveis aumentos na bomba. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a elevação do percentual de etanol vai estimular o setor sucroalcooleiro, aumentar a autossuficiência nacional e ajudar a evitar repasses das oscilações do mercado internacional para o bolso do brasileiro. O ministro Alexandre Silveira afirma que a expectativa é de que a mudança ajude a segurar o preço da gasolina, mesmo diante das incertezas provocadas pelo conflito entre Irã e Israel. A alteração vinha sendo debatida desde o início do ano, mas ganhou força diante do risco de alta nos combustíveis e na conta de luz, caso o preço do petróleo continue subindo. O governo aposta que, com a supersafra de cana-de-açúcar, é possível ampliar a mistura sem pressionar o preço dos alimentos, mantendo o equilíbrio no mercado interno. O Brasil importa cerca de 5% da gasolina e 20% do diesel consumidos no país, e parte desse volume vem do Oriente Médio. Com a medida, o governo espera blindar o mercado nacional e minimizar o impacto das tensões internacionais nos preços dos combustíveis.
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