A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) publicou no Diário Oficial da última segunda-feira (3) a Portaria nº 2.226/2025, que autoriza o funcionamento do Curso Técnico em Meio Ambiente no Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas, localizado em Livramento de Nossa Senhora, no sudoeste da Bahia. A vigência da autorização será de quatro anos. A medida, assinada pela secretária Rowenna dos Santos Brito, faz parte das iniciativas do governo estadual para ampliar e fortalecer a Educação Profissional e Tecnológica. O novo curso está vinculado à área de Ambiente e Saúde e tem o objetivo de formar técnicos para atuarem em temas como preservação de recursos naturais, gerenciamento de resíduos e práticas sustentáveis. Além de autorizar o funcionamento, a portaria aprova os planos de curso em conformidade com as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA). Também convalida os estudos realizados desde 2018, garantindo que alunos que já haviam frequentado ou concluído o curso tenham seus registros regularizados. O documento determina ainda que a escola registre os dados dos cursos e dos estudantes no sistema SISTEC (Sistema de Informações da Educação Profissional e Tecnológica) e mantenha o funcionamento somente nos endereços previamente aprovados.
O Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas (CETIJVB) realizou, na quarta (22) e quinta-feira (23), no Centro Diocesano, o II Simpósio “Lembrar para não Esquecer – Memória, História e Verdade: Resistências em Tempos de Ditadura Civil-Militar”. A iniciativa, organizada pelo vice-diretor Caio César e pela professora Maria Iêda, teve como objetivo promover uma reflexão sobre o período da ditadura no Brasil e reforçar a importância de preservar a memória histórica. Na quarta-feira, o evento foi aberto com uma palestra do professor e historiador Luiz Alves, que falou sobre a perseguição e o assassinato do militante Carlos Lamarca no Recôncavo Baiano. Em seguida, os docentes Caio César, Maria Iêda e Edilson Miranda debateram o tema “Memória, Cultura e Democracia”. À tarde, o professor Bertoni Rêgo apresentou o filme Muda Brasil e conduziu uma conversa sobre o processo de redemocratização no país. Na quinta-feira, a programação começou com a advogada Isabela Meira, que comentou o curta-metragem Memórias das Mulheres na Ditadura Militar, destacando o papel das mulheres na resistência ao regime. Em seguida, a historiadora Yasmim Pessoa ministrou a palestra “40 Anos do Fim da Ditadura no Brasil”, fazendo um paralelo entre o passado e os desafios democráticos atuais. O encerramento ficou por conta do advogado Bábiton Brandão, que analisou o filme Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, relacionando a obra às discussões sobre memória, justiça e direitos humanos. Segundo o professor Caio César, o simpósio buscou estimular o pensamento crítico e a consciência cidadã entre os alunos: “Lembrar é um ato político e pedagógico. Revisitar um período como a ditadura civil-militar é advertir sobre um passado violento e repressivo, para que ele nunca mais se repita”, afirmou o docente, citando a filósofa Jeanne Marie Gagnebin (2015).
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