Preocupados com o aumento de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, estudantes do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, em Lagoa Real, no sudoeste da Bahia, desenvolveram um repelente natural à base de citronela, cravo-da-índia, alecrim e hortelã-pimenta. O projeto foi criado por Maria Agnes, Ana Júlia Castro, Lucas Wendel, Samilly Fernandes e Yasmin Aguiar, sob a orientação de Murillo dos Santos e coorientação de Izis Pollyanna Teixeira. A estudante Maria Agnes explicou que as plantas foram escolhidas por suas propriedades repelentes. “A citronela é amplamente conhecida por seu efeito contra mosquitos. O cravo-da-índia contém eugenol, com forte efeito repelente. Já o alecrim e a hortelã-pimenta foram escolhidos tanto por suas propriedades repelentes quanto pelo aroma agradável”, destacou. O produto foi submetido a testes em ambientes controlados e reais, além de análises de pH, que confirmaram sua segurança para uso na pele humana. Com apoio da Secretaria da Educação (SEC), os estudantes pretendem ampliar a produção do repelente para beneficiar outras comunidades vulneráveis às doenças transmitidas por mosquitos. “Nosso objetivo é não apenas aumentar a escala de produção, mas também explorar outras plantas com potencial repelente para criar uma linha de produtos naturais acessíveis e seguros”, afirmaram os jovens pesquisadores. O projeto é um exemplo de como iniciativas científicas podem contribuir diretamente para a saúde pública e a qualidade de vida da população, especialmente em regiões afetadas pelo Aedes aegypti.