A Polícia Civil concluiu mais um inquérito envolvendo a cirurgiã-dentista investigada por realizar procedimentos estéticos irregulares em Vitória da Conquista. O quarto indiciamento foi formalizado na sexta-feira, 31, pela 1ª Delegacia Territorial, que apura os casos desde 2024. Segundo o novo laudo pericial, a vítima atendida em 2 de abril de 2025 apresentou cicatrizes cirúrgicas no queixo, com corte de 1 centímetro, além de marcas de 3,5 e 4 centímetros em regiões periauriculares direita e esquerda. As lesões foram classificadas como de natureza grave, com deformidade permanente. O atendimento teria ocorrido na mesma clínica citada nos inquéritos anteriores. A Polícia Civil informou que a dentista já havia sido indiciada pelos mesmos crimes em três procedimentos anteriores, envolvendo seis vítimas submetidas a intervenções fora do limite da atuação odontológica. A prática é proibida pela Resolução CFO nº 230/2020, que veda a realização de cirurgias estéticas invasivas por profissionais de odontologia. De acordo com a corporação, o caso foi novamente enquadrado como lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. O relatório já foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia nos processos referentes às seis vítimas anteriores. A investigada segue com suspensão cautelar do exercício profissional determinada pelo Conselho Regional de Odontologia da Bahia.
A Justiça baiana decretou, nesta terça-feira (4), a prisão preventiva de dois homens suspeitos de participação em uma tentativa de latrocínio registrada no dia 7 de agosto, na zona rural de Piripá, no sudoeste da Bahia. Eles haviam sido presos temporariamente durante a Operação Horizonte Seguro, deflagrada pela Polícia Civil em 14 de outubro, que também cumpriu mandados de busca e apreensão. De acordo com a Delegacia Territorial de Piripá, a conversão da prisão foi motivada por um laudo pericial de microcomparação balística, que confirmou que a arma apreendida na operação foi a mesma utilizada nos disparos contra a vítima. O exame apontou compatibilidade entre os projéteis coletados na cena do crime e os disparos feitos com a pistola apreendida, reforçando a participação dos suspeitos na ação criminosa. Na decisão, o juiz destacou que “a prova técnica inegável, ligando o instrumento material do crime diretamente ao investigado, eleva o patamar dos indícios de autoria para um grau de robustez que justifica a conversão da medida cautelar”, conforme sustentado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. O crime foi marcado por extrema violência, envolvendo invasão domiciliar, ameaças com faca e disparos de arma de fogo contra a vítima, que tentou fugir e precisou passar por cirurgia de emergência. Os dois investigados permanecem custodiados no Conjunto Penal de Brumado, à disposição da Justiça.
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