A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação Worms 2, “Não Seja um Laranja”, que apura a atuação de uma associação criminosa envolvida em fraudes bancárias, furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro. As ações ocorreram em Vitória da Conquista e Salvador, com foco na movimentação de valores ilícitos por meio de contas de terceiros. Segundo informações preliminares, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares diversas da prisão e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal. A operação integra a Força-Tarefa Tentáculos, voltada ao combate de fraudes eletrônicas em instituições financeiras. As investigações apontam que o grupo utilizava instituições de pagamento, plataformas de apostas online e criptoativos para ocultar a origem dos valores desviados. Relatórios de inteligência financeira identificaram movimentações superiores a R$ 6,9 milhões entre 2023 e 2024, parte delas com indícios de ligação com o tráfico de drogas. Além das diligências, a Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos financeiros dos investigados, medida que busca descapitalizar a organização criminosa. A Polícia Federal segue analisando o material apreendido e monitorando o possível envolvimento de novos integrantes.
A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista, deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) uma operação para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos bairros Ipanema, Boa Vista e Urbis VI. A ação teve como alvo um homem de 55 anos, investigado pelos crimes de extorsão, agiotagem, falsidade ideológica, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, o suspeito utilizava empresas de fachada para participar de licitações fraudulentas em prefeituras baianas, com direcionamento de concorrências, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas a agentes públicos. Ele também atua no ramo de postos de combustível e possui três CPFs diferentes em seu nome, o que levantou suspeitas de ocultação de bens e valores. Uma das vítimas, um idoso de 72 anos, relatou à polícia que contraiu um empréstimo com o investigado, apontado como agiota, e foi ameaçado de morte sob mira de arma de fogo caso não aceitasse pagar juros abusivos. As denúncias indicam que o investigado mantinha influência em diversas gestões municipais, contando com prefeituras que favoreciam suas empresas por meio de licitações direcionadas e ausência de competição real. Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, computadores, tablets e pen drives, que serão encaminhados para perícia técnica. A operação mobilizou 30 policiais civis e, segundo a Polícia Civil, novas atualizações sobre o caso serão divulgadas ao longo do dia.
A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação Intercessor, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados à Prefeitura de Poções, no sudoeste da Bahia, entre os anos de 2021 e 2023. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões. De acordo com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão nas cidades de Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. Entre os alvos da operação estão a prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB), o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB) e o ex-chefe de gabinete e ex-prefeito de Poções, Otto Wagner de Magalhães, que foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Inicialmente, chegou a ser informado que o atual chefe de gabinete da Prefeitura de Poções, Jorge Luiz, também seria alvo das diligências, o que foi posteriormente corrigido, já que o nome dele não consta na ação da Polícia Federal. Segundo as investigações, a organização criminosa teria atuado por meio de contratos de terceirização de mão de obra, financiados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). As apurações apontam ausência de estudos técnicos, pesquisas de preços inadequadas, majoração indevida dos valores contratuais e prestação fictícia de serviços. A CGU identificou, durante as fiscalizações, aumentos irregulares em contratos e pagamentos superiores aos serviços efetivamente executados, configurando superfaturamento. De acordo com a apuração, parte dos valores desviados teria sido movimentada por meio de empresas de fachada, familiares usados como intermediários financeiros, transferências bancárias atípicas e ocultação patrimonial, práticas utilizadas para viabilizar o esquema de lavagem de dinheiro. A investigação também revelou que o grupo possuía ramificações em diversos municípios baianos, operando de forma coordenada para obter vantagens ilícitas com recursos públicos federais. A CGU destacou que o desvio de verbas destinadas à saúde, educação e assistência social causa impacto direto à população, sobretudo às comunidades mais vulneráveis, ao comprometer a oferta de serviços públicos essenciais e agravar problemas como a desigualdade social e a precariedade estrutural. A Operação Intercessor contou com a participação de 68 policiais federais e 13 auditores da CGU, que cumpriram mandados em residências, repartições públicas e sedes de empresas investigadas. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista. Até o momento, as defesas dos investigados não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
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