O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou 34 mil crianças entre 10 e 14 anos vivendo em união conjugal no Brasil. Desse total, 77% são meninas, distribuídas em 2,1 mil municípios de todo o país. A cidade de São Paulo lidera o ranking nacional, com 1,3 mil registros, seguida por Rio de Janeiro (809), Manaus (608), Fortaleza (513) e Salvador (299). Em alguns municípios, todas as crianças nessa condição são meninas, como em Sinop (MT), com 102 casos, São Luís (MA), com 90, e Bacabal (MA), com 73. O levantamento também detalha o perfil racial das crianças: 20.414 se declararam pardas, 10.009 brancas, 3.246 pretas, 483 indígenas e 51 amarelas. A maior parte das uniões, cerca de 87%, ocorre de forma consensual, sem registro civil ou religioso. Entre os casos formais, 7% são casados no civil e religioso, 4,9% apenas no civil e 1,5% só no religioso. O IBGE ressalta que os dados refletem apenas declarações dos moradores, sem comprovação legal das uniões. “A coleta é baseada unicamente na declaração do informante”, explicou Marcio Mitsuo Minamiguchi, da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do instituto. A legislação brasileira proíbe o casamento civil de menores de 16 anos, salvo em situações excepcionais autorizadas pela Justiça. Especialistas apontam que o casamento infantil compromete o desenvolvimento físico, educacional e emocional de meninas, muitas vezes interrompendo os estudos e ampliando vulnerabilidades sociais. O Código Civil (art. 1.520) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelecem a proteção integral de menores de 18 anos, reforçando que a infância deve ser resguardada de qualquer forma de negligência, violência ou exploração.

Uma mulher causou tumulto durante um culto religioso realizado no último domingo (19), em uma igreja localizada no bairro Vale do Sinal, em Manaus (AM). Ela subiu ao altar e afirmou, diante dos fiéis, ser amante do pastor da congregação, o que gerou surpresa e confusão entre os presentes. De acordo com testemunhas, a mulher carregava uma criança no colo e afirmou que o menino seria filho do pastor, que não estava presente no momento. A esposa do líder religioso participava da celebração, mas não se pronunciou diante da situação. Alguns membros da igreja passaram a dizer que a mulher estaria “possuída”, e a pastora responsável pelo culto tentou conter o episódio realizando orações e imposições de mãos. A mulher acabou sendo retirada do templo por fiéis que tentavam encerrar a confusão. O caso repercutiu nas redes sociais, onde vídeos do momento foram compartilhados. Até o momento, nem o pastor nem sua esposa haviam se manifestado publicamente sobre o ocorrido.