A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deferiu a candidatura da prefeita reeleita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil), foi alvo de recursos apresentados por adversários políticos. Os agravos regimentais foram protocolados por Marcos Adriano (Novo) e pela coligação "A força para mudar Conquista", liderada pelo deputado federal Waldenor Pereira (PT), que disputou o pleito eleitoral no último dia 6 de outubro. Os adversários questionam a decisão monocrática do ministro André Ramos Tavares, que considerou que Sheila não estaria inelegível. A controvérsia gira em torno do entendimento de que a reeleição dela não configuraria um terceiro mandato consecutivo do mesmo grupo familiar, apesar de sua mãe, Irma Lemos, ter assumido a Prefeitura por 13 dias em 2020, após o afastamento do então prefeito Herzem Gusmão para tratamento de saúde. Segundo o TSE, o período em que Irma Lemos esteve à frente do Executivo foi caracterizado como uma substituição temporária e não uma sucessão. O ministro André Ramos Tavares destacou que a licença médica de Herzem Gusmão tinha caráter precário e pressupunha seu retorno ao cargo, o que afastaria a hipótese de inelegibilidade prevista no artigo 14, §§ 5º e 7º da Constituição Federal. Marcos Adriano solicitou que fosse mantida a decisão anterior do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que havia indeferido a candidatura de Sheila. Já a coligação do PT pediu que o caso fosse submetido ao plenário do TSE caso a decisão monocrática não fosse revertida. A candidatura de Sheila Lemos havia sido inicialmente deferida pela Justiça Eleitoral em primeira instância, mas foi contestada pela coligação adversária sob o argumento de que sua eleição configuraria um terceiro mandato consecutivo dentro do mesmo núcleo familiar. No entanto, com a decisão favorável no TSE, Sheila poderá tomar posse para o mandato 2025-2028. Sheila comemorou a decisão nas redes sociais, agradecendo à população pelo apoio durante o processo judicial. "Nosso registro foi confirmado pelo TSE. Vamos continuar trabalhando por Vitória da Conquista com muita dedicação", declarou. Apesar da vitória no TSE, os recursos apresentados pelos adversários ainda podem levar o caso ao plenário da Corte Superior para uma análise mais ampla. Enquanto isso, Sheila Lemos segue como prefeita reeleita e aguarda os próximos desdobramentos judiciais.

O Diretório Municipal do Partido Avante em Vitória da Conquista comunicou, na última quarta-feira (08), que está em curso um processo de expulsão contra Marcos Adriano, ex-candidato a prefeito de Vitória da Conquista, e a maioria dos candidatos que o acompanharam na migração do PDT para o Avante. A decisão foi tomada com base em condutas consideradas antipartidárias e contrárias aos princípios e diretrizes do partido. A Comissão Municipal do Avante informou que o processo de expulsão seguirá rigorosamente o estatuto partidário, com o objetivo de apurar as ações dos envolvidos e determinar sua permanência ou exclusão da legenda. Alternativamente, foi oferecida aos membros envolvidos a possibilidade de saída voluntária, desde que não sejam suplentes diretos, dentro de um prazo de uma semana. Caso os membros não optem pela retirada voluntária, o procedimento de expulsão será concluído conforme os trâmites legais estabelecidos. O partido não forneceu detalhes específicos sobre os motivos que levaram a essa decisão, mas reiterou que todas as ações estão em conformidade com a legalidade e os valores partidários. Sob a liderança de Ronaldo Carletto, ex-deputado federal e estadual, o Avante tem se destacado como uma força crescente na Bahia, conquistando 60 prefeituras e elegendo mais de 3.000 vereadores, incluindo Natan da Carroceria, representante do partido em Vitória da Conquista. O partido enfatizou que busca manter coesão e integridade em seus quadros, rejeitando membros que não compartilhem de seus ideais. A Comissão Municipal do Avante reforçou o compromisso com a justiça social e a geração de empregos, princípios norteadores do partido, e afirmou que as medidas adotadas visam garantir a continuidade desse crescimento e sucesso, preservando os valores essenciais da agremiação.