Um desentendimento registrado na manhã de segunda-feira (10) no Hospital Municipal de Tanque Novo, no sudoeste da Bahia, levou a direção da unidade a acionar a polícia contra a vereadora Juscelia Silva Pereira Souza (PV), acusada de abuso de autoridade. Segundo o boletim de ocorrência, a parlamentar, que também trabalha como auxiliar de enfermagem, chegou ao hospital por volta das 7h e discutiu com profissionais que atuavam na ala de internamento. A diretora administrativa, Mônica Neves Batista, relatou que Juscelia teria utilizado seu cargo político para tentar intervir no atendimento de uma paciente. O documento aponta que a vereadora insistiu em entrar no quarto fora do horário de visitas, mesmo após ser informada das normas internas. Testemunhas disseram que ela chegou a se identificar como “fiscal da lei” e cobrou explicações sobre o atendimento prestado pela equipe. Para evitar maior tumulto, o acesso acabou sendo liberado. Após conversar com a paciente, a vereadora deixou o local. A direção do hospital informou que as imagens das câmeras de segurança foram preservadas e deverão ser enviadas à Delegacia Territorial de Tanque Novo, que investigará o caso. Até o momento, Juscelia não se manifestou publicamente.
Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aceitou, na terça-feira (12), uma nova denúncia contra o deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, popularmente conhecido como Binho Galinha. O parlamentar está preso, desde o início de outubro, em uma sala especial no Complexo Penitenciário da Mata Escura, após desdobramentos da Operação El Patrón. Além de Galinha, outras 12 pessoas também foram indiciadas nessa nova denúncia. De acordo com Ministério Público do Estado (MP-BA) a nova acusação aponta a utilização de “laranjas” para movimentar bens e recursos. Além disso, a denúncia ainda afirma que o deputado manteve sua liderança sob o esquema criminoso, a fim de manter o “funcionamento de seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente”, conforme afirma um trecho da acusação. Para a Justiça, a denúncia descreve padrões claros e padronizados dos fatos delituosos e as condutas atribuídas a cada acusado. Entre os réus desta nova denúncia estão a esposa e o filho do deputado, Mayana Cerqueira da Silva e João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano. Ambos já estão presos, também desde o início de outubro, após deflagração de nova fase da Operação El Patrón. O deputado é acusado de liderar um grupo criminoso suspeito de praticas de agiotagem e lavagem de dinheiro.
O vereador Gleiber Júnior (Avante) e seu assessor, identificado como Diego, foram mortos a tiros na madrugada deste domingo (9) em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. O crime ocorreu quando o parlamentar chegava ao sítio de sua propriedade, na entrada da cidade, sentido Saubara. De acordo com informações preliminares, os dois foram surpreendidos por homens armados e atingidos por diversos disparos. As vítimas morreram no local antes da chegada do socorro. Na noite anterior, o vereador havia participado da inauguração de uma loja de carros de luxo em Feira de Santana. A autoria e a motivação ainda são investigadas pela Polícia Civil. Uma das linhas de apuração considera a possibilidade de o crime estar ligado à cobrança de dívida. Peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizaram a remoção dos corpos e a coleta de evidências no local. Em nota oficial, a Câmara Municipal de Santo Amaro lamentou a morte do parlamentar e destacou sua trajetória pública. “Gleiber Júnior exerceu seu mandato com dedicação, compromisso e zelo pelo povo santoamarense, deixando um legado de trabalho, respeito e amor por nossa cidade”, diz o comunicado.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou uma nova denúncia contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, e outras 12 pessoas investigadas por envolvimento em uma organização criminosa que, segundo o órgão, atua há mais de dez anos em Feira de Santana e cidades vizinhas. O documento foi protocolado nesta quinta-feira (30) e reforça as suspeitas de que o parlamentar, preso há cerca de 25 dias, ocupava posição de liderança dentro do grupo. A nova ação judicial surgiu a partir de informações reunidas nas operações El Patrón e Hybris, deflagradas pela Polícia Federal em parceria com o Gaeco, grupo especializado do MP-BA no combate ao crime organizado. De acordo com a promotoria, a denúncia complementa investigações anteriores e não configura dupla acusação, já que trata de fatos novos descobertos após o recebimento da primeira denúncia. Para o MP-BA, as provas indicam que a organização manteve suas atividades mesmo após o início das investigações e das primeiras prisões, o que caracteriza continuidade delitiva. As investigações apontam a prática de crimes como lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar, agiotagem, extorsão, receptação e embaraço à investigação. O Ministério Público também pediu à Justiça a perda de cargos públicos, o bloqueio e confisco de bens obtidos de forma ilícita e a interdição do exercício de funções públicas dos denunciados, incluindo o deputado Binho Galinha.
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