Uma explosão deixou, pelo menos, 22 feridos numa área industrial localizada em Ezeiza, na Grande Buenos Aires, na Argentina, na noite da última sexta-feira (14). Dois helicópteros foram acionados e 40 agentes atuaram no local para conter as chamas e danos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Uma indústria de produtos químicos, depósitos do setor agropecuário e de fertilizantes, além de uma fábrica de plásticos foram atingidos pelo incêndio. As chamas alcançaram 20 metros de altura. A causa do incidente, no entanto, ainda é desconhecida e moradores da região foram evacuados. Apesar do maior aeroporto internacional da Argentina estar localizado na cidade de Ezeiza, a 20 quilômetros do incidente, as autoridades trouxeram informações de que nenhum dos voos programados para horários próximos foi afetado até então.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última quarta-feira (29), uma resolução que proíbe o uso de duas substâncias químicas em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. A medida tem como objetivo proteger a saúde da população contra riscos de câncer e problemas reprodutivos, e foi aprovada durante reunião da Diretoria Colegiada do órgão. As substâncias vetadas são o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). Esses componentes são usados em produtos para unhas em gel e esmaltes em gel, que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. Estudos indicam que o DMPT é potencialmente cancerígeno em humanos, enquanto o TPO é considerado tóxico para a reprodução, podendo afetar a fertilidade. De acordo com a relatora da proposta, diretora Daniela Marreco, a proibição é uma medida de precaução necessária diante dos riscos comprovados. Ela destacou que, embora os efeitos mais intensos ocorram entre profissionais que manuseiam esses produtos com frequência, usuários comuns também estão sujeitos aos efeitos nocivos. Segundo Daniela, “cabe ao Estado atuar preventivamente, evitando a perpetuação de um risco sabidamente evitável”. Com a decisão, o Brasil se alinha aos padrões de segurança da União Europeia, que também proibiu recentemente o uso dessas substâncias. A resolução entra em vigor imediatamente, proibindo a fabricação, importação e registro de produtos com TPO ou DMPT. As empresas terão 90 dias para interromper a comercialização e realizar o recolhimento dos produtos ainda disponíveis no mercado.
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